Bioenergia

Publicado em: 24 de agosto de 2007

O vice-governador e Secretário de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, Alberto Goldman, participou na última sexta-feira, do Seminário Cadeia Industrial do Biocombustível. O evento, sediado na FIESP, debateu umas das prioridades do governo Serra: pesquisa e desenvolvimento da Bioenergia. Outro objetivo do evento era apresentar estudos para representantes da iniciativa privada, a fim de obter colaborações.

Ainda participaram do evento João Guilherme Sabino Ometto, 2° vice presidente da FIESP; Saturnino Sérgio da Silva, vice presidente e diretor titular do departamento de Infra-estrutura da FIESP; José Goldemberg, coordenador da comissão especial de Bioenergia e o deputado federal Duarte Nogueira.

Ciente da demanda mundial de energia e da grande oportunidade que se abre para a economia brasileira, o governo do Estado de São Paulo criou a comissão especial de Bioenergia com o intuito de promover pesquisas e debates que abordassem todos os aspectos para o seu desenvolvimento.

O Estado de São Paulo já tem uma posição mundial privilegiada na produção de etanol. “Produzimos mais de 60% do álcool e Biocombustível consumidos no Brasil. Para mantermos a dianteira, necessitamos de pesquisa e estratégias de desenvolvimento”, ressaltou Goldman.

João Guilherme Sabino Ometto reiterou o interesse e compromisso da FIESP nesse projeto, trabalhando em conjunto com o governo do Estado: “não há desenvolvimento sem energia. A indústria paulista crescerá juntamente com as iniciativas nas áreas de aumento da produção energética”.

A indústria paulista consome 50% da energia produzida no Brasil. Com o iminente risco de gargalos energéticos e até mesmo racionamentos, a discussão da Bioenergia tornou-se emergencial para o desenvolvimento das indústrias e economias paulista e brasileira. “É nesse aspecto que o envolvimento da FIESP é totalmente ativo nessa empreitada”, declarou Saturnino Sérgio da Silva.

A comissão especial de Bioenergia, composta por 14 grupos de trabalho, divididos em diversos setores, tem até outubro para apresentar análises e soluções para a expansão da produção do etanol, aumentando a produção em até 50% em 2013, de uma maneira não predatória, tanto ambiental como socialmente.

José Goldemberg lembrou que “o custo da produção do etanol brasileiro é quase a metade do produzido no exterior”. Porém, há muitas barreiras tributárias impostas que dificultam a sua expansão no Brasil, além da disseminação de conceitos inverídicos, como desmatamento e trabalho escravo. “É preciso uma posição pró-ativa da indústria para a expansão exitosa do etanol em São Paulo”, finalizou.

A Bioenergia se destacará cada vez mais na agenda internacional, e o Estado de São Paulo, pioneiro nas discussões, estará preparado para atender à demanda mundial por novas tecnologias.


<< Anterior

Cadeia Industrial de Biocombustíveis

51 anos do Ipen